domingo, 30 de maio de 2010

Vida curta, curta ela... Ou não.

A minha vida é confusa, confusa pra caramba mesmo. Acho que nasci com o propósito de sempre me sentir sozinha, por mais que esteja rodeada de pessoas. Espero aprender o que é o amor, espero que nessa vida eu consiga aprender, espero levar sempre levar coisas boas comigo, inclusive as minhas amizades, são pouquíssimas, mas eu me sinto muito satisfeita. Hoje, em uma manhã de um domingo um pouco chuvoso, tenho certeza que nem irei ver a rua. Não me importo, eu nem gosto de sair mesmo. De repente me pego vendo algumas fotos antigas, daí desperta aquela nostalgia, que, porra, achei que eu não teria nenhuma reação estranha hoje, achei que ficaria bem. Pois bem, eu ACHEI. Mas é isso, estamos sujeitos a qualquer coisa, whatever. Ultimamente andei um pouco sem criatividade, vazia, vazia mesmo, até para conversar. Ando esquecida também, aliás, sempre fui. Tenho uma leve sensação de que estou crescendo antes da hora. Nada explica o fato d’eu me sentir assim. O mundo está totalmente ao contrário, e ninguém percebe. Mas sem passado e nem futuro, eu vivo um dia de cada vez, acho que é assim que tem que ser. Eu trocaria a eternidade por uma noite de paz, só uma noite, só preciso de algumas horas de paz para ficar bem, totalmente bem. Às vezes acho que reclamo demais da vida, quase todos os dias eu tenho o espetáculo diário mais bonito do céu, que é o pôr-do-sol. Tenho um Deus que é só meu cada um com a sua fé, mas eu não acredito no Deus que todo mundo acredita, por isso mesmo eu não tenho religião nenhuma. É uma futilidade ver pessoas evangélicas falando mal dos espíritas, macumbeiros, católicos e vice-versa, não gosto disso, acho que deveriam respeitar a fé de cada um. Acho que estou vivendo, o destino prega cada peça né? Não quero saber o que serei no futuro, quero saber o que eu estou me tornando, e o que eu sou. Quanto ao futuro? Deixe-o pra depois, ele sempre chega, ou não.

Vazio

Não adianta, eu sempre me encontro assim, eu e o vazio, o vazio e eu. Não sei o que provoca esse sentimento, mas eu o sinto. Sinto como se tudo estivesse vazio, inclusive o meu coração. Quando eu acho que estou vivendo bem e paro para pensar em mim, encontro o vazio, eu tento, ele sai de mim, mas depois volta. De repente me vem uma felicidade repentina, começo a rir, acho graça de tudo. Mas depois eu me encontro vazia, sem graça. Mas eu continuo, esperando algo para preencher esse vazio, eu não irei buscar, por que eu sou preguiçosa demais, mas eu espero. Enquanto espero, continuo aqui, eu e o vazio, o vazio e eu, rs.

sábado, 22 de maio de 2010

Lua


Que me tira o calor do sol, que às vezes me trás as estrelas, que me apresenta a imensa escuridão... Lua, eu quero desvendar os seus enigmas. Por que toda noite olha para mim? Será de raiva ou puro interesse? O seu olhar me apavora, me cega, me dá medo. Você é forte, e estúpida... Diante de ti sou tão medíocre, tão pequena. Diga-me, acho que já sei o que é... Ele também está olhando para ti, ele quer me ver. Onde está? Estou onde sempre estive, oras. Estou onde deveria, onde é o meu lugar... Ando pelas calçadas sujas, e te vejo, iluminando a rua, com o seu brilho estupidamente lindo, que me lembra o olhar daquele que eu um dia quis amar. Eu quis, mas não pude... Você tem alguém melhor para mim, alguém que tenha o seu brilho no olhar... Que tire o calor do sol e que me traga todas as estrelas mais bonitas desse céu. Espero por alguém... Alguém que a lua tenha, que tenha a mim, que tenha o céu inteiro... Ou não, o céu é muito.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Lentamente...

Lentamente tudo se desfaz, e parece que não há mais tempo para esquecer o tempo em que eu me perdia. Lentamente... A dor passa despercebida, só depois eu percebo que ela sempre esteve comigo, mas às vezes eu fecho os olhos para não sentir, para não doer. Dias monótonos, vida confusa. Lentamente o céu vai perdendo o brilho, geralmente após as 18h00min... E tudo vai ficando escuro, mas os meus olhos ainda insistem em enxergar o que não faz sentido algum, o que não me trás Paz, não me trás absolutamente nada, nenhuma sensação ou reação. Lentamente o meu sorriso se fecha, é hora de dormir, mas eu nunca consigo. Depois de ficar fantasiando com os meus sonhos, eu caio no sono e nem percebo. A madrugada é fria, eu acordo e tropeço nos meus chinelos, abro a porta e vou diretamente a cozinha beber água, às vezes fico um pouco tonta e perco o equilíbrio... Volto para o meu quarto e não consigo mais dormir... É aí que a solidão me devora, me devora por inteira, e assim eu me perco. Eu realmente sei o que é se perder sem ter um por que, eu sei. Sinto-me sozinha, mesmo que não esteja, na verdade eu sempre me senti assim. O mundo todo pode estar comigo, mas eu sempre me sentirei só. Lentamente eu vou perdendo as palavras, fico sem ar, e tudo parece estar preto, como o a noite. Nada me faz querer olhar as estrelas lá fora, nada me faz querer conversar sobre mim. Quando paro pra pensar... Parece um absurdo as coisas que eu escrevo... Mas são apenas as palavras que descrevem o que eu sinto, e não poderiam ser outras, já que isso sai de mim. Creio que não seria diferente se eu fosse um pouco mais feliz do que sou. Não, eu não sou uma pessoa infeliz. Talvez eu esteja aprendendo o que é a felicidade, por mais difícil que seja, e descobrindo a liberdade. Ohh liberdade, por onde andas?! A verdade é que apesar de todas as descobertas, eu ainda estou presa... Presa a mim mesma, presa a tudo que eu gosto e a todos que eu quero perto. É por querer... Mas não faz mal.