sexta-feira, 21 de maio de 2010

Lentamente...

Lentamente tudo se desfaz, e parece que não há mais tempo para esquecer o tempo em que eu me perdia. Lentamente... A dor passa despercebida, só depois eu percebo que ela sempre esteve comigo, mas às vezes eu fecho os olhos para não sentir, para não doer. Dias monótonos, vida confusa. Lentamente o céu vai perdendo o brilho, geralmente após as 18h00min... E tudo vai ficando escuro, mas os meus olhos ainda insistem em enxergar o que não faz sentido algum, o que não me trás Paz, não me trás absolutamente nada, nenhuma sensação ou reação. Lentamente o meu sorriso se fecha, é hora de dormir, mas eu nunca consigo. Depois de ficar fantasiando com os meus sonhos, eu caio no sono e nem percebo. A madrugada é fria, eu acordo e tropeço nos meus chinelos, abro a porta e vou diretamente a cozinha beber água, às vezes fico um pouco tonta e perco o equilíbrio... Volto para o meu quarto e não consigo mais dormir... É aí que a solidão me devora, me devora por inteira, e assim eu me perco. Eu realmente sei o que é se perder sem ter um por que, eu sei. Sinto-me sozinha, mesmo que não esteja, na verdade eu sempre me senti assim. O mundo todo pode estar comigo, mas eu sempre me sentirei só. Lentamente eu vou perdendo as palavras, fico sem ar, e tudo parece estar preto, como o a noite. Nada me faz querer olhar as estrelas lá fora, nada me faz querer conversar sobre mim. Quando paro pra pensar... Parece um absurdo as coisas que eu escrevo... Mas são apenas as palavras que descrevem o que eu sinto, e não poderiam ser outras, já que isso sai de mim. Creio que não seria diferente se eu fosse um pouco mais feliz do que sou. Não, eu não sou uma pessoa infeliz. Talvez eu esteja aprendendo o que é a felicidade, por mais difícil que seja, e descobrindo a liberdade. Ohh liberdade, por onde andas?! A verdade é que apesar de todas as descobertas, eu ainda estou presa... Presa a mim mesma, presa a tudo que eu gosto e a todos que eu quero perto. É por querer... Mas não faz mal.

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