domingo, 20 de maio de 2012

Cold night, here...

"Nossa dança, entrecortada pela distância,
agarrada pelo abraço, laçada pelo coração...
E o entrelaço, e o compasso, e o desgasto...
E o estrago.
E o nosso amor, onde foi parar?
Longe, distante, mas perto...
Perto porque eu  não preciso ir
longe para lembrar...
De tudo que foi dito, vivido...
Tão real para ser verdadeiro.
Mas quem poderia imaginar que as luzes apagariam?
Que o calor tornaria-se na época mais fria da estação?
Que acabaria o verão, que ficaria pra lá, pra depois...
Que seria assim, sem mais nem menos, um vazio.
Mas eu tentei. Por diversas, inúmeras e incontáveis vezes.
Tentei resgatar o que ainda restou do amor.
Tentei chegar junto, tentei ver de perto.
Vi demais, decepcionei-me...
E sem mais nem menos, acabou.
Mas quem esperaria um fim, assim, de um amor?
Não merecia pelo menos algo parecido com cena de cinema?
Foi frio. Foi gelado. Foi amargo. Foi. E foi.
Mas não se foi por inteiro.
Continua vindo, indo, vindo. Indo e vindo...
Até quando houver vida. Até quando o coração aguentar.
Mas calma lá, não é mais assim.
Eu odeio e amo o jeito como  isso aconteceu.
Como foi doce e amargo, como foi tão sem querer...
Meu primeiro amor.
E primeiro amor é único, não importa o quão bom
ou ruim tenha sido. Não se esquece.
Não apaga, não sai.
Lembre-se de uma coisa: você foi o dono do meu coração...
Mas hoje é outro dia e eu não estou mais na tua mão.
O disco arranhado e a capa rasgada. Aqui, acolá,
apenas nós, strange."

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