sábado, 15 de dezembro de 2012

"O caminho é incerto,
mas não parei de caminhar...
Não paro nem quando souber
aonde a vida vai me levar...
Vida de sonhos, doces sim,
ora, por que não?
Por que haveria de ser
de escuridão?
Não...
Sinto mais...
Talvez seja a força da natureza,
do mar, da terra, da lua, do sol..
Ou talvez apenas o existir...
Hoje no espelho eu vi um sorriso torto,
vi olhos cansados de tanto caminhar...
Mas eu vi também uma alma feliz.
Feliz por não parar, por não ter medo,
por não temer a vida.
Por acreditar que minha mente é o meu
Deus monopólio, e que Deus,
por sua graça, me tem em seus braços e sorri pra mim
também."

Ô.

"Vida confusa, moço, breve, profunda...
Ô moça, vida fácil, vida, vida.
Ô moço, tem sol, tem lua, tem mar...
Ô moço, me diz o que sinto,
o que é que parece faltar?
Ô moça, é nada não...
Arranca isso do peito,
o nome disso é solidão...
Ô moço, por que isso faz assim?
Arranha meu ser e toma conta de mim...
Ô moça, isso não é nada não...
Tira isso da vida, isso é solidão...
Ô moço, e o que é que ela quer?
Moça, ela quer te tirar do sério,
te esconder, fazer o que bem quer...
Ô moço, que é que eu tenho que fazer?
Moça, eu vou falar pra você,
abre as portas do coração, pra
ver de novo, o amor nascer."
Enlaçou-me em um abraço,
tão verdadeiro, mas tão longe
dos meus braços...
Tomou meu coração
como se fosse destinado a
esta ação...
E eu não soube reagir...
Mas como não?
Eu já conhecia este filme de cabeça para baixo...
Mas ele me revirou várias vezes...
Fiquei tonta, e foi.
E agora é o que está.
E, porventura, eu gosto disto...
Se ele me chamar, eu vou
eu perco dias, noites, madrugadas,
mas eu não quero ninguém não, ô.
Ele tem a minha mão, e se ele quiser,
não precisa me soltar nunca mais...
Eu vou ficar.
Eu não preciso prometer que sim,
só preciso dizer que ficarei.
Só preciso fazer com que ele possa sentir...
Se eu pudesse...
Se...
Se...
Se esperar for para sempre,
amargo seja o penar das noites,
e doce a luz que resplandece
a alma, e faz, mais um dia,
de querer o que quiser,
mas querer mais ainda,
estar perto do que se quer...
Complexo de gostar,
tão doce se for amar,
e como vai ser?
E se for, será?
E se fosse hoje, seria?
E daqui há alguns meses,
o que será?
E se for será tudo?
E se tudo, será nada?
Complexo de querer...
E se não for o bastante?
E se não for o suficiente?
E se não?
Olha aqui, amor...
Sereno é o viver,
eu sei, tu sabe...
Palavras transbordam na mente,
como um entorpecente,
e eu me pergunto o que está
havendo, mas nada,
mas o quê, de quê seria feita a vida,
sem esses meros devaneios que nos confundem,
e nos fazem querer ir além, de tudo que se vê
e se pode imaginar...
E se for pra ser, amor?
Ah, deixa estar...
Diz pra vida que a gente é um par,
e que a gente na vida foi feito pra durar.
Entre uma cena e outra, perdoa, amor...
Meu jeito torto e estranho,
mas tão meu, de gostar assim...
Perdoa mais essa, e aquela,
e as birras, ó; perdoa.
Perdoa por não ter te visto
e querer assim.,
perdoa...
Por eu enxergar.
Não sei.
Quem sabe?
Não há garantia.
São apenas sonhos bons
e suspiros toda vez que
meu pensamento voa,
viaja pra bem longe daqui,
do meu litoral...
Perdoa por eu querer ser tua flor,
amor...
Não precisa entender
esse meu complexo torpor que...
De querer estar junto estou tão...
Longe!
Perdoa, amor.
Por eu ter certeza que não sou
o que tu pensa/quer/acha...
Perdoa meus olhos
que ficam querendo encontrar os teus,
toda noite...
Ah, sei lá, perdoa por eu ser assim.
Mas perdoa por perdoar,
por que eu vou continuar.