sábado, 23 de outubro de 2010

Hoje.

É, hoje eu realmente tropecei na realidade e vi que aquele amor todo acabou, se misturou com um ódio tão forte que nem percebi que foi se desfazendo pouco a pouco... E agora o que restou? Restou eu, aqui, feliz, vivendo sem um pingo de melancolia ou angústia  –e tenho dito– que antes morava em mim. Hoje eu percebi que um amor nem faz tanta falta assim, e que ás vezes nem é tão vantajoso que tenhamos um. Eu estou com medo de amar de novo, com muito medo mesmo. Medo de deixar alguém confundir minha cabeça, medo de me envolver com outro coração... Por que eu não encontro um coração que goste do meu? É difícil, é difícil demais... Não encontrei e nem sei se encontrarei. Será que é realmente preciso? Será que preciso tanto de alguém assim para cuidar de mim? Olhe pra mim, olhe por mim, viver assim já está chato demais. Esteve, está, estará. Sinto falta de alguém para amar, sinto falta mesmo. Eu parei de procurar, quem sabe aparece... A vida é tão sacana as vezes, tem mania de nos surpreender, eu hein. Dopei, fim.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Did you know?

Que seria difícil pra mim ter que viver nesse inferno... Que eu pintei o céu de azul quando estava cinza e desenhei um sol para não chover, que te protegi do mal quando não queriam o seu bem... Que por incontáveis vezes eu extrapolei, surtei, enlouqueci... Só por que queria fazer você se tornar uma pessoa melhor, só por que queria acreditar em tudo que você me falava, só por que queria ouvir você dizer que me ama, que eu não estava enganada, que esse amor não era unilateral. Que eu já deixei de ser feliz e sorrir para desenhar o meu sorriso no teu rosto e a minha felicidade na tua vida... Que eu tentei abrir mão de você para viver bem, e mudei de idéia por que eu precisava saber se você estava bem todos os dias. Que eu saí na chuva e sentei no meio da rua, a espera de um carro para tirar a minha vida... Que rasguei as suas fotos do meu álbum , e em seguida colei todas elas e coloquei no mesmo lugar. Que saí a noite para te procurar na minha cidade, mesmo sabendo que isso não teria a menor pretensão de acontecer... Que eu bebi uma garrafa de vinho sozinha, ouvindo musica alta e esperando que você entrasse pela porta da frente para me buscar, me oferecer ajuda e amor... Que quando você me deixou eu fiz de tudo pra você perceber que era eu. Que eu fiquei intacta no mesmo lugar te esperando. Você deveria saber muita coisa que eu não falei, por que não tive tempo e nem oportunidade para falar. Deveria saber que sinto muita raiva quando penso em ti, e que você se tornou tão odioso que essa situação chega a ser engraçada. Deveria saber o mais importante agora... Que eu te dopei, peguei um barco e te levei comigo, e quando vi que não tinha mais terra a vista, parei ali, joguei um bote velho e laranja que estava no barco, e te joguei lá, adormecido... Você dentro de um bote que está prestes a ser furado e afundar, pois o bote é velho... Deveria saber também que não há chances de você me dizer adeus ou se arrepender de tudo, não tem tempo nem para dizer adeus a si mesmo... Eu volto pro píer e recomeço a minha vida, e você... Ah, você se afundará naquele bote velho, e junto com você e o bote, a sua ignorância, a sua indiferença e o seu coração vazio, que por não agüentar mais ser assim, pediu a mim que acabasse com tudo isso. E assim foi feito. Você deveria saber... Que um dia sua indiferença poderia te matar... E não me procure em outras vidas, a nossa história teve um fim.


" around the sun... some say it's going to be the new hell, some say it's still too early to tell, some say it's really ain't no myth at all... "

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O mundo parece verdade...

Ás vezes tudo parece poesia... A intensidade com que os sentimentos crescem dentro do meu coração, a sinceridade de todo dia, os sorrisos, os abraços, os telefonemas, as vozes, as palavras de amor... Mas ás vezes tudo parece mentira. Daí quando descubro que tudo é mentira, fico assim, sei lá, sem saber o que fazer, sem saber para onde ir... Agir? Haha, forças, cadê? Não tenho... Nem tudo que é bonito, é amor. Nem tudo que falam é verdade. Nem todas as palavras de amor são verdadeiras, e nem sempre o amor existe. Nem todo beijo é apaixonado, nem toda música é nossa, o céu que vejo é infinito, o mar que vejo me faz chorar. Sei não. Sei que sinto, sei que vejo, que ouço, que falo. Sei que amei, sei que amo. Sei o que é amor, sei o que é loucura. Ás vezes tudo parece tudo, ás vezes tudo parece nada. Sintonia nossa de amor que se foi... Sonhos que joguei fora, chega.

"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas,
É querer saber demais...
Querer saber demais..."

domingo, 3 de outubro de 2010

When i felt scared.

" Estranho... Falta de medidas, atos estúpidos e consequências dolorosas..."


Abra a porta. Eu vou fechar os olhos e tentar não despencar no meio de todos os fatos absurdos... Porém, aceitáveis. Os meus olhos se cansaram, já faz algum tempo, e eu nem percebi. Meus olhos cedendo lágrimas para mim, como se fosse pedir demais. O pavor em mim não tinha medida alguma, desmedido, essa é a palavra certa. Eu não queria que tudo fosse desse jeito, não queria que os meus medos e os meus fantasmas estivessem estampados na minha testa ou por todo o meu corpo, como cicatrizes de uma queda, de um tombo, de um suicídio. Ei, eu não me atirei na frente de um carro, eu estou aqui. Psicológico ferido, preciso de mais alguma coisa? Tudo está insano. Há muito tempo a minha vida transcorre pelos meus dedos... E sempre cinza, nublada, sem por quê. Eu já não quero mais ver a cara da rua, não quero ver a cor do céu, não quero mais ter que tentar mudar alguma coisa, quero menos amor, menos dor, menos horror, já não quero mais cores na minha vida. Quero me lembrar de alguma coisa boa, mas parece que nunca existiu nada de bom. Parece que estou com perda total de memória. Eu mentiria se dissesse que você não foi nada e que é só fechar os olhos e ver que tu não existia mais na minha vida. É impossível, é surreal, não tenho palavras. Mentir sobre isso seria tão babaca quanto se eu dissesse que não te esperaria mais. Não dá, não consigo. Eu sinto medo de tudo que não posso ver, que não posso sentir. Eu sinto medo de você, meu amor. Um medo com malícia, com desejo; e muito desespero. Como não dizer que o teu sorriso meio torto naquela foto não me faz sonhar? Como apagar tudo da memória? Não dá pra fingir que nada aconteceu, por que você ainda existe, e eu também. Eu sei que nós não existimos mais, mas você e eu sim. Eu vou matar os meus medos, eu vou jogá-los fora, eu nunca mais vou sentir medo de ter medo. É talvez você ainda seja imprescindível... Mas vá saber amanhã... Com as incertezas que esse mundo nos dá. Deixa estar, tudo em seu lugar, você aí e eu aqui, junto com a solidão, e o coração bem na minha mão.


“And you'll run away from yourself, because that will be. But I'll be here in a darkened their only certainty, waiting with the love i never doubted i could give you...”

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eu preciso parar.

Eu preciso parar de procurar vida onde não há, preciso parar de procurar vida naquele lugar morto. Preciso parar de apertar o mesmo botão, de andar na mesma direção... Preciso parar com você, por você, e pra você. Pra mim não, o que eu queria é totalmente diferente do que pretendo fazer. Eu quero ir embora, anjo. Eu não agüento mais viver assim, te ter assim, tão distante , tão indiferente. Eu não quero mais. Até quando o ditado ‘’querer não é poder’’ vai andar comigo? Até quando me sentirei como uma inútil? Não sei. Até quando eu quiser, por que eu não vejo nada mudar. Tudo muda para pior, tudo sempre piora, e no final, nada existe. Não existe nada além de eu mesma, isso, por que eu sou um nada, completamente. Viver por viver, é melhor não existir. Não sei, acho que vou procurar um centro de macumba, um rezador, qualquer coisa, qualquer coisa, eu não agüento mais, isso está se tornando muito mais que insuportável. Insuportável, isso mesmo, aquilo que já não se suporta mais. Incomoda, machuca, dói... É uma droga. Entre idas e voltas dessa vez eu cansei, eu preciso parar por mim e por você, quero mandar você para o inferno, e em seguida, ir pra lá também. Cansei, cansei, cansei pra cacete mesmo. Seja bem vinda ao inferno, querida. Eu para eu mesma, no inferno, completamente no inferno, nem um dedinho fora. Mente pesada, olhos cansados, fraca, fraca e fracassada. Quero que o amor se exploda e queime no inferno.

And i'll be there forever and a day, always. I'll be there till the stars don't shine. Till the heavens burst and the words don't rhyme. And i know when i die, you'll be on my mind