quarta-feira, 3 de julho de 2013

Por aí...

Almas vazias, copos cheios,
cada qual com sua história, com seu fardo,
sua dor, sua alegria... Cada qual com sua sabedoria,
tentando preencher de nada o vazio profundo da alma...
Tentando esquentar a noite com o subconsciente
transtornado, meras observações dessa noite hostil,
tô parada, sentada no banco do bar, só vim tomar uma água
pra continuar a caminhar... Mas não tem como não observar!
Olha só aquele casal, discutindo sobre a vida social, cadê os
princípios de paz? Desconhecem cada vez mais...
Olha aquele homem sozinho, coitado, posso sentir sua alma
pesada...
Cheia de um vasto nada! E sei também (por sentir) que essa noite
vai ser só mais uma noite na vida deste homem...
Que eu não sei quem é, mas que qualquer um que puder ver,
vai sentir o que estou dizendo...
Olha o garçom, cansado, mau humorado, estressado...
Aparenta claramente não gostar do que faz...
Posso me recordar do que dizia minha vó: trabalho ruim,
é melhor que trabalho nenhum!
Olha só essas pessoas... Olha só pra mim.
Viajando no desconhecido...
Viajando onde nem sei quem sou,
onde nem sei que estou...
Ah, sim, estou em Arraial ainda...
Agora posso ver quanto tempo fiquei aqui sem saber
o que eu realmente estava buscando...
Talvez rostos desconhecidos e histórias diferentes,
para dar vida à minha imaginação um tanto quanto louca nesse cotidiado conturbado...
Sem precisar perguntar sobre a vida dessas pessoas, eu pude sentir.
Mas pode ser que tudo seja diferente, e talvez seja.
Minha imaginação foi além desses rostos estranhos...
Mas agora vou embora, já passou da hora...
Minha mente entorpecida de alívio,
mas ainda não cansei de andar...
Sigo em frente... Minha água acabou.

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